O Parque do Carmo – Olavo Egydio Setúbal é uma das poucas áreas verdes remanescentes na povoada zona leste da cidade.A área conta com uma flora diversificada, além de uma rica fauna de Mata Atlântica, pois, ali encontra um refúgio com abrigo e alimentação, que criam condições favoráveis para a sua reprodução.
É o maior parque da Cidade de São Paulo.
História do Parque do Carmo
Em meados da década de 50, toda a área do parque do Carmo pertencia ao Sr. Oscar Americano, que usufruía a fazenda nos finais de semana com a família. O casarão (hoje abriga o museu da biodiversidade), era a sede da fazenda e sua casa principal. Ao lado direito da casa, foi plantado uma figueira, pois na época era símbolo de status e poder, significando que ali vivia o dono da fazenda. O lago principal era uma de suas paixões e utilizava para práticas de esportes náuticos.
Oscar Americano faleceu em 1.974 e algum tempo depois, seus herdeiros resolveram vende-la. Parte da fazenda, a prefeitura adquiriu e fez muitas benfeitorias como playgrounds, banheiros, churrasqueiras e áreas de descanso, formalizando a inauguração dia 19 de setembro de 1976.
Treze anos depois, o espaço foi incluído em uma área de proteção ambiental (APA) criada ali por lei estadual. Desde julho de 2012 passou a chamar-se Parque do Carmo – Olavo Egydio Setúbal, em homenagem ao ex-prefeito da capital que criou a área verde durante sua gestão.
Com ares de fazenda o parque oferece aos visitantes a possibilidade de admirar 390 mil m² de Mata Atlântica preservada, onde há espécies nativas como o pau-de-tucano, o angico e o passuaré, além de 262 mil m² de bosques e matas, onde podem ser apreciadas outras espécies, como eucaliptos, e um cafezal.
Há grandes áreas gramadas para quem quer ler ou apenas relaxar e pistas de cooper e bicicleta para quem quer praticar esportes. Os animais também são uma atração. Segundo estudo feito pela Prefeitura existem por lá pelo menos 64 espécies de aves e mamíferos como o bicho-preguiça, além de répteis e anfíbios, que ocupam os sete lagos e seis nascentes.
Museu Parque do Carmo
O parque abriga também um interessante museu, que conta um pouco da história da área verde e de sua ligação com os japoneses, que colonizaram parte da região. O acervo fica em um enorme casarão, que era a sede da antiga fazenda.
Particularidades Parque do Carmo
Localizado na área da antiga fazenda do empresário Oscar Americano de Caldas Filho, para a criação do parque foram mantidos o prédio sede em arquitetura colonial, um conjunto de lagos e toda área ajardinada.
Há 35 anos realizada no parque, a tradicional Festa das Cerejeiras comemora o florir da árvore símbolo do Japão e tornou-se a marca da comunidade nipônica que vive na região. Todos os anos ocorre a prática do “hanami”, ritual que consiste em sentar-se sob as cerejeiras e contemplá-las por longo período.
Área de Proteção Ambiental Parque e Fazenda do Carmo
A APA do Parque e Fazenda do Carmo é uma Área de Proteção Ambiental, localizada na região leste do município de São Paulo, que foi regulamentada pelo decreto n° 37.678, de 20 de outubro de 1993, pelo então governador do estado de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho.
Possui uma área de 867,60 ha, contendo áreas de lazer como o Parque do Carmo e o Sesc Itaquera, e contém também uma grande reserva ambiental que se chama Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo.
Essa APA foi criada devido o surgimento de grandes avenidas e estações de metrô na região do rio Aricanduva, o que desencadeou uma explosão demográfica na região, o principal objetivo é garantir uma melhor qualidade de vida para toda a população da região leste de São Paulo, que direta e indiretamente são influenciados pelas consequências de um bom ou mal planejamento urbano.
Quem foi Olavo Setúbal
Olavo Setúbal foi prefeito da capital paulista, indicado pelo governador Paulo Egídio Martins.
Formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, começou sua carreira empresarial ao fundar a Deca, uma indústria especializada em louças sanitárias. Depois foi responsável pelo crescimento e expansão do Banco Itaú, do qual era um dos maiores acionistas e presidente do conselho, além de presidente executivo da holding do grupo, a Itaúsa.