Bunkyo responde a carta aberta de Mário Jun Okuhara e refuta críticas

No dia 25 de julho, a Comissão de Anistia reconheceu as sérias violações enfrentadas pelos imigrantes japoneses – Gilmar Ferreira-ASCOM-SRI

Em resposta à carta aberta de Mário Jun Okuhara à Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, destacando o pedido de reparação moral aos imigrantes japoneses e seus descendentes, o Bunkyo expressa satisfação com a decisão. A entidade ressalta que seus ancestrais japoneses também sofreram com os horrores da guerra.

Na carta de 02 de agosto ao Conselho do Bunkyo, Mário Jun manifesta surpresa e preocupação pela falta de posicionamento oficial do Bunkyo em relação ao pedido de desculpas. Destaca a importância histórica desse momento para a justiça de transição e reconhecimento das violações enfrentadas pelos imigrantes japoneses durante e após a Segunda Guerra Mundial.

Renato Ishikawa e Jorge Yamashita, líderes do Bunkyo, afirmam que, como entidade civil brasileira, optaram por não se manifestar publicamente sobre a decisão da Comissão de Anistia, em respeito aos pioneiros imigrantes japoneses e ao povo brasileiro afetado pela guerra.

Mário Jun questiona a postura do Bunkyo, levantando a possibilidade de negação em relação às injustiças históricas, racismo e xenofobia. Ele menciona a recusa anterior do Bunkyo em apoiar a causa, alegando que as festividades dos 118 anos da imigração japonesa eram suficientes para reconhecer as violações sofridas.

O Bunkyo reitera que seu silêncio não reflete uma postura negacionista e convida Mário Jun a conhecer suas atividades, principalmente no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil e no Núcleo de Convivência de Idosos-NCI em parceria com a Prefeitura de São Paulo.

Mário Jun destaca a importância de o Bunkyo se posicionar de forma clara diante desse momento histórico. O Bunkyo enfatiza que não apenas aborda essas questões, mas também trabalha ativamente para evitá-las, ressaltando a integração harmoniosa dos nikkeis na sociedade brasileira.

(Aldo Shiguti)





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